12.7.11

I Encontro Internacional de Origami em São Paulo

Post originalmente publicado no Dobrinhas no dia 28.06.2011

Estou no avião, voltando do I Encontro Internacional de Origami em SP. O evento, programado para dois finais de semana, continua até o dia 3 de julho no SESC Pinheiros. Fui convidada a oferecer a oficina "Para Ver e Dobrar", especialmente para a aula que tem Beatriz Milhazes como fonte de inspiração.
Preparei uma apresentação com o processo do meu pensamento e obras de arte que me inspiram releituras mil. Para exemplificar minhas ideias, preparei também uma peça para a exposição do evento composta por modelos muito simples em origami e todo tipo de aviamento: fitas, sianinhas, botões, miçangas, linhas...


O público era de apertar o coração de tão qualificado. Suei frio, tive dor de barriga, pitadas de medo e ansiedade tomaram conta do meu estômago diante do altíssimo nível dos dobradores e origamistas que encheram a sala no primeiro dia. Quarenta pessoas cujos nomes e/ou rostos eu já conhecia e cuja qualidade do trabalho é indiscutível!


Ouvindo atentamente as sugestões de César Ferro, pus música antes de tudo começar e depois da apresentação quando passamos a apresentar reproduções de quadros de Beatriz. Ao mesmo tempo, todos começaram a planejar e escolher formas, cores e disposição dos elementos no seu móbile experimental. Tulipa Ruiz para começar, para fazer a transição entre a aprendizagem do Colibri de Aldo Marcell e a explosão de flores e cores da nossa oficina.
Todos foram de extrema delicadeza, realizando seus próprios projetos de releituras. Gente que pratica origami há décadas dedicou uma tarde às mandalas mais simples do mundo.


Que coisas mais lindas os resultados! Que lugar tranquilo se tornou aquela sala envidraçada do SESC durante as dobras e montagens... Que lugar feliz, quando as obras ficaram prontas!
O mais importante foi que eu consegui fazer as pessoas entenderem o que eu quis dizer sobre as relações entre arte contemporânea possíveis e já experimentadas! O conceito de Origami de Guerrilha também foi bem apropriado por todos: realizar com o que temos!


Fiquei feliz!

Não posso esquecer de agradecer a todos os que me receberam, mas especialmente a Vânia Passos pela energia dedicada a este Encontro, pela oportunidade que me deu e pelos lindos papeizinhos cheios de borboletas, bolinhas e listrinhas. A Tico Volpato e André Costa pelo carinho com que organizaram minha vida e me receberam. A Maité, fiel e amada escudeira. A Martinha Ide em sua delicadeza e afeto encantadores, sempre me ciceroneando. A César Ferro por me mimar. A Sayuri, por compartilhar seus cenários secretos e pelas lindas bonequinhas. A Ricardo Tatoo pela reciprocidade do lugar garantido no coração e na casa, assim de graça.

O Encontro também gerou a possibilidade de materializar relações virtuais em abraços com Bela (adorável representante de Araraquara! hehehe) Veronica, Jaciara, Vera Young (beijo em Dani!), Araguacy...

Beijos em Norberto Kawakami, Clerdes, Amália, Agnes, Leno e Noêmia.

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eva

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